A atividade de capital de risco na África mostrou resistência nos últimos seis meses, com grandes empresas no continente fechando seus fundos apesar do inverno contínuo de financiamento.

No último desenvolvimento, a TLcom Capital, uma empresa de VC africana com escritórios em Lagos e Nairóbi e foco em startups em estágio inicial, concluiu a captação de recursos para seu segundo fundo, TIDE Africa Fund II, totalizando US$ 154 milhões. O fechamento final coloca a empresa como o maior investidor da África em semente e Série A, disse a empresa.

O fundo superdimensionado, inicialmente visando fechar em US$ 150 milhões, atraiu a participação de mais de 20 parceiros limitados, disse a TLcom. Investidores notáveis incluem o Banco Europeu de Investimento (BEI), Fundação Visa, Bertelsmann e AfricaGrow, uma joint venture entre Allianz e DEG Impact.

O fechamento final ocorre dois anos e alguns meses após a TLcom anunciar o primeiro fechamento do segundo fundo em US$ 70 milhões, quando atingiu o tamanho do primeiro fundo, TIDE Africa Fund I. Embora a desaceleração mais ampla afetando o capital de risco e startups globalmente tenha contribuído para o prolongamento do período de captação de recursos, o sócio-gerente Maurizio Caio disse ao TechCrunch em uma entrevista que a empresa pode contar com alguns aspectos positivos.

“África não deve ser apenas sobre quanto dinheiro está entrando, mas também sobre retornos”, disse Caio. “Precisamos que o capital global olhe para a África e pense em um lugar onde bons investimentos possam ser feitos e a tecnologia possa gerar muito valor. Isso ainda precisa ser alcançado em escala, então esse é nosso principal objetivo.”